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Medo de prisão e debandada: como empresários bolsonaristas reagiram no grupo de WhatsApp

Ministro Alexandre de Moraes atendeu a pedidos da PF e ordenou mandados de busca e apreensão contra oito empresários bolsonaristas

atualizado

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Empresários bolsonaristas defendem golpe de Estado caso Lula seja eleito
1 de 1 Empresários bolsonaristas defendem golpe de Estado caso Lula seja eleito - Foto: Arte/Metrópoles

Desde que a coluna começou a publicar, na semana passada, mensagens trocadas por empresários bolsonaristas num grupo de WhatsApp, a reação dos participantes variou. Entre um desabafo sobre o medo de ser preso e deboche, houve grande debandada. Mais de 50 integrantes saíram do grupo.

José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro, e um dos que recebeu a Polícia Federal nesta terça-feira (23/8) em casa, oscilou entre fazer piadas com uma mensagem sobre o medo de ser preso.

Nesta terça-feira, atendendo a pedidos da PF, Moraes ordenou mandados de busca e apreensão contra Koury e outros sete empresários do grupo.

No fim da manhã da quarta-feira (17/8), a coluna pediu posicionamento aos empresários que haviam defendido explicitamente ruptura democrática no grupo, além de outros, que publicaram mensagens com ataques ao Supremo, ao Tribunal Superior Eleitoral e às eleições.

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Os empresários procurados passaram a compartilhar estratégias de respostas que dariam à coluna. José Koury afirmou, às 10h54 daquele dia:

“Já vi que o único babaca que respondeu fui eu. Kkkk. Só não quero ser preso”, disse, ao lado de um emoji de risadas.

Nas mensagens publicadas pela coluna, Koury havia escrito que preferia um golpe ao retorno do PT. Defendeu ainda que, caso voltasse a ser uma ditadura, o Brasil não ficaria impedido de receber investimentos externos.

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Às 10h50, Koury disse que manteria o conteúdo do que disse. “Não podem querer nos constranger. Respondi e mantive minhas opiniões”, escreveu.

Carlos Molina, dono da empresa de auditoria Polaris, se disse perseguido por uma “ditadura baseada no Poder Judiciário”. “Vai ter de checar mensagens privadas de mais de 75 milhões de brasileiros. Se o que os cidadãos falam em conversas privadas de WhatsApp com família e amigos for alvo de ação judicial, então estamos entrando, de fato, numa Ditadura baseada no Poder Judiciário, onde escutas ilegais fazem parte dos métodos de perseguição ao cidadão”, assinalou, às 11h35.

Dez minutos depois, Koury voltou a cogitar investigação contra ele, em tom de brincadeira: “De qualquer forma não devemos ter medo. As coisas que falamos refletem opiniões pessoais. A não ser que nos acusem de formação de quadrilha. De empresários kkkk”.

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O grupo também viu uma debandada nos dias seguintes. Até hoje ainda estão saindo alguns empresários, muitos deles ainda não citados pela coluna em reportagens.

Nesta terça-feira, após a operação da PF, as piadas continuaram. Em outro grupo, de empresários do Rio de Janeiro, escreveu Koury em resposta a outro participante, também em deboche:

“Já comprou meus chocolates e cigarros?”.

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metropoles.comGuilherme Amado

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