Médico acusado de causar a morte de cobaias da proxalutamida está internado por Covid
Flavio Cadegiani é autor de um estudo com a proxalutamida que pode ter resultado na morte de 200 pessoas
atualizado
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O médico Flavio Cadegiani, que foi acusado por crime contra a humanidade pela CPI da Covid-19, por comandar um estudo que pode ter resultado na morte de 200 pessoas, afirmou em seu Twitter que está internado por complicações da Covid.
Cadegiani é autor de um estudo com a proxalutamida, medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19. O ensaio do médico usou 67 pessoas como cobaias e, posteriormente, segundo o relatório final da CPI da Pandemia, matou 200 pessoas no Amazonas.
O estudo, que foi alvo da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), era apoiado por Jair Bolsonaro.
Nesta quarta-feira (1º/3), Cadegiani publicou em seu Twitter que está hospitalizado devido a uma miopatia causada, segundo ele, pela Covid-19. Ainda de acordo com a publicação, o quadro está evoluindo para “destruição muscular maciça”. A coluna procurou o médico para saber mais detalhes de seu estado de saúde, mas não teve resposta.
Aviso pessoal: estou hospitalizado por miopatia por COVID-19 evoluindo com rabdomiólise (destruição muscular maciça). Vai dar tudo certo.
— Flavio A. Cadegiani, MD, MSc, Ph.D. (@FlavioCadegiani) March 1, 2023
(Atualização às 17h29 do dia 2 de março de 2023: Flávio Cadegiani entrou em contato com a coluna e informou que seu estudo com a proxalutamida foi aprovado pelo Conep em outubro de 2021 e que o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, um dos locais onde aconteceu o estudo, destacou “resultados animadores” do estudo. O médico reafirmou que não foi internado por Covid-19, mas pelas consequências da doença, e disse também que tomou a vacina contra o vírus.)