Marqueteiro em alta no Rio tenta pegar carona com Crivella no STF
Marqueteiro Marcello Faulhaber responde a processo por caixa dois no caso do “QG da Propina” atribuído a Crivella
atualizado
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Marqueteiro por trás das duas últimas campanhas vitoriosas à Prefeitura do Rio de Janeiro, de Marcelo Crivella em 2016 e de Eduardo Paes em 2020, Marcello Faulhaber tenta no STF se livrar de uma ação penal a que responde na Justiça Eleitoral. Ele é acusado do crime de caixa dois no caso do suposto “QG da Propina” atribuído a Crivella, hoje deputado federal.
Faulhaber pediu ao ministro Gilmar Mendes que lhe estenda os efeitos da decisão que trancou o processo por falsidade ideológica eleitoral (como é tipificado criminalmente o caixa dois) contra Crivella.
Na semana passada, Gilmar determinou que parte da ação contra o ex-prefeito, apenas sobre os crimes eleitorais, fosse encerrada, e manteve o processo contra Crivella pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Ao mandar trancar a acusação por caixa dois, Gilmar Mendes reconheceu o argumento da defesa de Crivella de que o Ministério Público eleitoral não poderia ter apresentado denúncia sobre esse crime depois de ter arquivado a investigação. Isso só poderia ser feito, apontou Gilmar, caso houvesse novas provas.
O advogado de Marcello Faulhaber argumentou ao ministro que situação dele é igual à de Crivella: réu em um processo por caixa dois a partir de uma denúncia irregularmente apresentada pelo MP.
O ministro pediu à Procuradoria-Geral da República que se manifeste sobre o pedido de extensão do marqueteiro.
Para a eleição deste ano, Faulhaber é cotado a repetir a parceria com o prefeito Eduardo Paes, do PSD, em cuja campanha ele trabalhou em 2020, com sucesso.