Mario Frias e Sérgio Camargo loteiam Cultura com mais bolsonaristas
Assessores ligados a deputados bolsonaristas de São Paulo assumem posições estratégicas na secretaria de Mario Frias e na Fundação Palmares
atualizado
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A Secretaria da Cultura do governo de Jair Bolsonaro e a Fundação Palmares voltaram a receber indicações de cunho ideológico.
Na quinta-feira (21/10), o advogado Bruno André Ferreira Costa De Jesus foi nomeado como chefe de gabinete da presidência da Palmares. A coluna mostrou, em 22 de setembro, que o deputado estadual Gil Diniz (sem partido) vinha negociando com Sérgio Camargo para que De Jesus assumisse um cargo de direção na fundação.
O advogado foi assessor de Diniz entre março de 2019 e fevereiro deste ano e estava trabalhando para o deputado estadual Frederico D’Avila. Os dois deputados possuem relação estreita com Eduardo Bolsonaro.
Diniz, no entanto, foi pego de surpresa com a informação de que o seu atual chefe de gabinete, Raphael Augusto Azevedo, assumirá uma função de confiança ao lado do secretário de Cultura, Mario Frias. Eduardo também não estava a par das conversas.
Pessoas com trânsito no núcleo bolsonarista de São Paulo afirmam que Azevedo foi convidado pelo advogado Felipe Carmona, que assumiu a Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual em março. Carmona também foi funcionário de Diniz na Alesp e ganhou influência junto a Frias na secretaria.
Acredita-se que em breve a Secretaria de Cultura também publicará a nomeação do publicitário Felipe Pedri, que foi demitido do cargo de secretário de Comunicação Institucional da Secom nesta semana. Pedri é um fiel seguidor do polemista Olavo de Carvalho.
Há quem diga que Pedri é uma espécie de sucessor de Filipe Martins no núcleo mais ideológico do bolsonarismo. O ex-secretário é ativo em grupos do Telegram e por diversas vezes atua como um formulador das narrativas que são usadas pela militância para defender o governo federal.