Marina vê frente ampla forte e cita “direito” de Lula tentar reeleição
Em entrevista à coluna, Marina analisou a frente ampla em torno de Lula em 2022 e a possibilidade de o presidente buscar um novo mandato
atualizado
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Na entrevista que concedeu à coluna, publicada nesta quarta-feira (31/7), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, avaliou que a frente ampla formada em torno de Lula em 2022 segue forte e defendeu que o presidente “tem todo o direito” de buscar a reeleição em 2026.
Afastada do PT e de Lula desde que deixou o partido e o segundo governo do petista, e protagonista de fortes embates com Dilma Rousseff em duas campanhas presidenciais, Marina foi um dos nomes mais proeminentes da frente formada para eleger Lula contra Jair Bolsonaro na última eleição presidencial.
Além de Marina, que o apoiou desde o primeiro turno, o petista reuniu em torno de sua candidatura no segundo turno nomes de partidos de centro como o MDB, protagonista do impeachment de Dilma, e o PSDB, partido com o qual o PT polarizou a política nacional entre 1994 e 2014.
“A frente ampla segue forte e necessária. A frente que elegeu o presidente Lula, que ajudou a salvar a democracia brasileira, que foi o tempo todo vituperada com tentativas toscas de golpe e mecanismos de interditar a democracia, é necessária e tem que ser cada vez mais fortalecida”, disse Marina.
Para além da união de partidos e lideranças políticas, a ministra ressaltou um “sentido bem maior” de frente ampla e citou grupos da sociedade que discordam entre si. “É uma frente ampla que tem como horizonte a defesa dos ganhos civilizatórios que a gente não pode abrir mão. O respeito à democracia, o enfrentamento da mudança climática, o combate à desigualdade e a questão do respeito à diversidade”, afirmou.
Candidata à presidência em três eleições — uma delas tendo assumido a cabeça de chapa após a morte de Eduardo Campos, em 2014 — Marina disse não ter o Palácio do Planalto no horizonte e defendeu que Lula possa buscar um quarto mandato em 2026.
“Ele tem todo o direito, se quiser buscar um quarto mandato, de fazê-lo. Essa é uma avaliação que ele fará a partir do seu olhar para tudo o que ele já tem como legado e para o legado que quiser continuar deixando. Agora, eu acho que antecipar esse debate não é bom para o momento que a gente está vivendo e o presidente nem quer fazer esse tipo de debate. Essa é uma discussão que tem que estar posta no momento certo, porque, agora, o que a gente precisa é de governar o Brasil para os brasileiros”, declarou.
Assista ao trecho da entrevista abaixo ou veja a íntegra clicando aqui:
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