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Marielle: policiais atuaram em empresa da mulher de delegado preso

PF suspeita que mulher de delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ser o mentor do assassinato de Marielle Franco, lavava dinheiro para o marido

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Ex-delegado da PCRJ Rivaldo Barbosa
1 de 1 Ex-delegado da PCRJ Rivaldo Barbosa - Foto: Reprodução/ Linkedin

Policiais e delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro prestaram serviços semanais para uma empresa de consultoria da advogada Erika Araújo, mulher do delegado Rivaldo Barbosa, apontado como mentor do assassinato de Marielle Franco. A Polícia Federal (PF) afirmou que Erika usou empresas de fachada para lavar o dinheiro obtido ilegalmente pelo marido.

Os detalhes da atuação dos policiais civis na empresa de Erika Araújo constam de um depoimento dado por Rivaldo Barbosa à Corregedoria da Polícia Civil em 2021. Na ocasião, Barbosa foi questionado sobre o período em que comandou a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, entre 2012 e 2015.

Segundo Barbosa, policiais e delegados subordinados a ele usavam a folga semanal para prestarem “auxílio” na empresa de sua esposa. Ele citou duas empresas: Armis e Mais I, mas não especificou a qual se referia. Ainda de acordo com Rivaldo Barbosa, o trabalho era conferir notas fiscais e pesquisar locais que pudessem receber obras ligadas à firma de consultoria da esposa. A PF, contudo, apontou que a atuação dos policiais de folga ia além.

Documentos e vídeos apreendidos pela PF no escritório de Erika Araújo apontaram que os policiais de folga usavam sistemas internos da polícia ilegalmente. Por meio das pesquisas, o grupo acessava informações sigilosas de pessoas que se candidatavam para trabalhar em uma empresa cliente da firma da mulher de Rivaldo Barbosa.

Depois de analisar as contas de Erika e das firmas, os investigadores afirmaram que Araújo movimentou cerca de R$ 7 milhões entre 2015 e 2019. A quantia chamou a atenção da PF porque, antes dessa época, Erika Araújo tinha uma renda mensal de apenas R$ 4 mil como funcionária da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Rivaldo Barbosa está preso há dois meses, sob a acusação de ser o mentor da execução de Marielle enquanto comandava a Polícia Civil fluminense. A esposa, Erika Araújo, está usando tornozeleira eletrônica.

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