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Marielle: MP é acionado sobre suspensão de Braga Netto do Exército

General Walter Braga Netto nomeou chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontado pela PF como “autor intelectual” da morte de Marielle

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
general Braga Netto durante evento militar - Metrópoles
1 de 1 general Braga Netto durante evento militar - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A deputada Luciene Cavalcante, do PSol de São Paulo, pediu, nesta quinta-feira (28/3), que o Ministério Público Militar cobre o afastamento do general da reserva Walter Braga Netto, do Exército, enquanto é investigado por ter nomeado o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle Franco. Barbosa é o “autor intelectual” da morte da vereadora, segundo a PF, e foi preso no domingo (24/3).

Barbosa foi nomeado por Braga Netto. Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto era o interventor federal na segurança pública fluminense. Após a operação da PF que prendeu o ex-chefe da Polícia Civil subordinado a Braga Netto, o general alegou que assinou a nomeação apenas por “questões burocráticas”.

Em manifestação citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, a PF afirmou que Rivaldo Barbosa planejou “meticulosamente” a execução de Marielle e teve “total ingerência” para sabotar as investigações da polícia que comandava.

“É de extrema importância e gravidade o contexto que levou à nomeação de Rivaldo Barbosa, uma vez que se deu não só de forma discricionária e sem fundamentação, como também em desacordo com a Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que pode representar uma violação à lei e à ordem pública”, afirmou a deputada Luciene Cavalcante ao MPM.

Depois de ser interventor federal, Braga Netto foi ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Em 2022, foi seu vice na campanha de reeleição e participou de articulações golpistas, também de acordo com a Polícia Federal.

(Atualização às 13h do dia 28 de março de 2024. Em nota à coluna, a defesa de Braga Netto disse que a seleção e a indicação para chefes de Polícia Civil eram feitas pelo então secretário de Segurança Pública, o general Richard Nunes. Por questões burocráticas, disse a nota da defesa de Braga Netto, o ato administrativo da nomeação era assinado pelo interventor federal, no caso, Braga Netto.)

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