Marielle: delegado preso foi acusado por miliciano de acobertar crime
Delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, foi preso neste domingo (24/3) pela Polícia Federal
atualizado
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O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro preso neste domingo (24/3) por suspeita de travar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, já foi acusado por um miliciano de proteger contraventores envolvidos em assassinatos no Rio de Janeiro, inclusive no caso Marielle. Barbosa assumiu a Polícia Civil um dia antes do assassinato.
Em novembro de 2018, seis meses após a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, o ex-policial e miliciano Orlando de Curicica afirmou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que a Polícia Civil, então chefiada por Rivaldo Barbosa, não tinha interesse em solucionar o caso Marielle. Curicica reforçou o depoimento em entrevista ao jornal O Globo na época.
“Existe um batalhão de assassinos agindo por dinheiro, a maioria oriunda da contravenção. A DH [Delegacia de Homicídios] e o chefe de Polícia, Rivaldo Barbosa, sabem quem são, mas recebem dinheiro de contraventores para não tocar ou direcionar as investigações.” Na ocasião, Rivaldo Barbosa negou qualquer irregularidade e rebateu as acusações.
Seis anos após o assassinato de Marielle, a Polícia Federal prendeu neste domingo (24/3) os irmãos Domingo Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, suspeitos de serem os mandantes do crime. Rivaldo Barbosa, também detido, é suspeito de atrapalhar as investigações enquanto comandava a Polícia Civil.