Malafaia, que chamou Sergio Moro de “Judas”, agora elogia o ex-juiz
Devido à reconciliação de Bolsonaro e Moro, Malafaia recuou nos ataques ao ex-juiz, a quem chamava de “judas e traíra”
atualizado
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Após chamar Sergio Moro de “Judas e traíra”, quando o ex-juiz era pré-candidato ao Planalto, o pastor Silas Malafaia recuou na adjetivação do senador eleito, devido à reconciliação de Moro e Jair Bolsonaro.
Nesta terça-feira (18/10), o pastor disse que os acertos do ex-ministro de Jair Bolsonaro, que acusou o presidente de interferir na Polícia Federal, foram maiores que os erros, e que aprova a reconciliação dos dois.
“O Moro tem muito prestígio ainda no Sudeste do Brasil, eu não o apoiei na eleição para senador, mas as pessoas têm várias maneiras de mostrar que erraram. Uma é assumir publicamente que errou e a outra é se reconciliar com quem cometeu o erro, e é o caso do Moro”, disse Malafaia.
Em janeiro, o pastor disse que não iria conversar com “Judas e traíra” após ser questionado se encontraria Moro. Na época, pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz procurava líderes religiosos para se aconselhar.
“Não dou papo para Judas e para traíra, para gente que se aproveita de um momento difícil de um governo como trampolim político. Ele é uma vergonha, não falo com mal caráter”, disse Malafaia em janeiro deste ano.
Malafaia tem experiência em recuar sobre apoios ou críticas. No passado, por exemplo, apoiou Lula na disputa pelo Planalto.
Moro segue a mesma toada. No domingo (16/10), quando apareceu no debate ao lado de Bolsonaro, o ex-juiz fugiu da entrevista coletiva quando foi questionado sobre ter acusado o presidente de interferir na PF.