1 de 1 Malafaia presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o pastor Silas Malafaia, no Palácio do Planalto
- Foto: Divulgação/PR
Líder evangélico com mais prestígio no Planalto, Silas Malafaia criticou a postura da ex-ministra Damares Alves, que, filiada ao Republicanos, manteve a candidatura avulsa ao Senado no Distrito Federal mesmo após Jair Bolsonaro declarar apoio a Flávia Arruda, do PL.
Malafaia também condenou o fato de a ex-ministra bloquear, no WhatsApp, o deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder da bancada evangélica no Congresso, em um episódio revelado sexta-feira (05/8) pelo jornalista Caio Barbieri.
“Damares é abusada e não sabe nem respeitar pastor. Ao bloquear o telefone do presidente da frente parlamentar evangélica, a maior do Congresso, mostrou quem ela é. É uma soberba de nariz empinado que não respeita nem politicamente os outros. O povo evangélico precisa saber que ela tentou passar a frente do presidente Bolsonaro. E foi Bolsonaro quem deu um chega para lá para arrumar a casa: para o Arruda deixar de ser candidato a governador (do DF), e a mulher (Flávia Arruda) ser candidata a senadora. E selar aliança com o (atual governador) Ibaneis”, disse Malafaia à coluna.
13 imagens
1 de 13
Damares Regina Alves, nascida em 1964, é uma política, advogada e pastora evangélica. Natural de Paranaguá, no Paraná, foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, de 2019 a 2022
Andressa Anholete / Correspondente/ Getty Images
2 de 13
Apesar de ter nascido no Sul do Brasil, Damares cresceu em vários estados do nordeste, como Bahia, Sergipe e Alagoas. Isso porque a política e a família acompanhavam o pai, que era pastor, quando ele precisava ministrar em outros locais do país
Rafaela Feliciano/Metrópoles
3 de 13
Após completar a escola, Damares cursou pedagogia e passou a dar aulas para crianças. Durante esse período, e seguindo os passos do pai, se tornou pastora e passou a trabalhar com causas sociais no Movimento Nacional Meninas e Meninos de Rua
Michael Melo/Metrópoles
4 de 13
Tempos depois, se formou em direito e começou a trabalhar na Secretaria Municipal de Turismo. Em 1995, filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB) e, mais tarde, se mudou para Brasília e assumiu o cargo de assessora parlamentar do tio, o também político Josué Bengtson
Flickr/MMFDH
5 de 13
Após obter experiência no cargo, foi assessora parlamentar de quase uma dezena de outros deputados que compõem a bancada evangélica. Atuou ainda como assessora jurídica da Câmara dos Deputados, por mais de 20 anos, até ser convidada por Bolsonaro para assumir o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos humanos, no fim de 2018
Michael Melo/Metrópoles
6 de 13
Damares é mãe adotiva de Lulu Kamayurá, jovem Kamayurá do Parque Indígena do Xingu. Essa, na verdade, foi uma das primeiras polêmicas envolvendo a política. Segundo parentes biológicos de Lulu, a menina foi levada sem permissão dos progenitores. No entanto, Damares negou a versão, apesar de ter admitido que a adoção não foi formal
Raquel Felicciano/Metrópoles
7 de 13
Ao lado de Henrique Afonso (PT-AC, na época, do PV), Damares trabalhou pela aprovação do projeto de lei que previa o combate ao infanticídio em áreas indígenas, pela aprovação da “cura gay” e do Estatuto do Nascituro
Andre Borges/Esp. Metrópoles
8 de 13
Além de toda a trajetória conservadora, Damares ganhou apoiadores no meio evangélico após vídeos em que ela discursa contra a “teoria feminista de gênero”, denuncia supostos “teor esquerdista” em livros escolares e prega a favor “da família tradicional brasileira” viralizar nas redes sociais
Willian Meira/MMFDH
9 de 13
Após a posse de Bolsonaro, em 2019, um vídeo em que a política comemora a vitória do atual presidente gerou outra polêmica. Nas imagens, ela fala que uma “nova era” havia começado e que a partir de então “meninos vestiriam azul e meninas vestiriam rosa”
Igo Estrela/Metrópoles
10 de 13
E não para por aí. Durante uma entrevista que deu ao portal Fé em Jesus, Damares negou a teoria evolucionista e disse que “a igreja evangélica perdeu o espaço na história e na ciência por permitir o ensino do evolucionismo nos ambientes escolares”
Willian Meira/MMFDH
11 de 13
A advogada e pastora evangélica Damares Alves foi indicada, em dezembro de 2018, para o cargo de ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. No Senado, ela assessorou o aliado de Bolsonaro Magno Malta
Igo Estrela/Metrópoles
12 de 13
Em 2020, a política teria agido para impedir o aborto legal de uma menina de 10 anos, que engravidou após sucessivos estupros praticados pelo tio, no Espírito Santo. O caso ganhou projeção nacional
Regis Velasquez/Especial Metrópoles
Líder da Assembleia de Deus, Malafaia endossa o argumento de Sóstenes e diz que a candidatura avulsa de Damares ao Senado prejudica a unidade do voto conservador.