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Major do Exército que fez campanha para Bolsonaro é condenado à prisão

Major João Paulo da Costa Araújo foi condenado por desobediência; militar da ativa fez 90 posts pró-Bolsonaro nas redes se lançou a deputado

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Major do Exército João Paulo da Costa Araújo, preso por desobediência
1 de 1 Major do Exército João Paulo da Costa Araújo, preso por desobediência - Foto: Reprodução

O major do Exército João Paulo da Costa Araújo, preso preventivamente no ano passado por desobediência após fazer campanha para Jair Bolsonaro, foi condenado no último dia 10 a dois anos de prisão. A decisão foi da Justiça Militar da União em primeira instância.

Araújo foi preso preventivamente em maio do ano passado em Teresina (PI) por ter desrespeitado ordens superiores e feito campanha política nas redes sociais. O major fez pelo menos 90 posts no Instagram em apoio a Bolsonaro, então candidato à reeleição. O militar nomeou seu perfil na rede de “político” e era pré-candidato a deputado federal pela sigla de Bolsonaro no Piauí. Ele não foi eleito.

Dois meses depois, a Justiça Militar aceitou a denúncia do Ministério Público Militar e tornou Araújo réu por desobediência, crime que prevê de um a dois anos de prisão, segundo o Código Penal Militar.

Segundo o MP, o militar descumpriu ordens superiores repetidamente: “Não só uma ou duas vezes, mas sim por 47 vezes”. O major do Exército, seguiu o MP, “ignorou de forma veemente a ordem emanada pelo Comandante da 10ª Região Militar, acabando por ofender os princípios basilares de hierarquia e disciplina”.

Araújo foi condenado em dois julgamentos na última semana: um pelo Conselho Especial de Justiça, formado por um juiz federal e quatro militares, por se recusar a apagar os vídeos partidários que havia postado. O outro processo foi por ter ignorado ordens militares.

“O réu permaneceu publicando vídeos e postagens sobre o tema, ultrajando as ordens emanadas por seus superiores e ocasionando prejuízo à hierarquia e disciplina militares”, escreveu o juiz Rodolfo Menezes, da 10ª Circunscrição Judiciária Militar.

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metropoles.comGuilherme Amado

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