Maior patrocínio da história do COB é assinado em evento esvaziado
Caixa pagará R$ 160 milhões ao COB em quatro anos; dos 34 presidentes de confederações, apenas sete estiveram presentes na cerimônia
atualizado
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) assinou com a Caixa Econômica Federal o maior acordo de patrocínio da sua história. O contrato foi assinado nesta terça-feira (17/9) em um evento na sede do banco, em Brasília. Até 2028, quando acontecem os Jogos de Los Angeles, serão repassados ao comitê R$ 160 milhões.
Apesar da importância, o evento foi esvaziado, reflexo da perda de poder do atual presidente do COB. Apenas sete dos 34 presidentes de confederações olímpicas estiveram presentes. O COB enviou a eles o convite na sexta-feira à noite e se disponibilizou a assumir os custos do deslocamento até Brasília.
Paulo Wanderley, atual presidente do COB, sairia fortalecido com uma presença maciça dos presidentes de confederações no evento. Sua candidatura vem sofrendo resistência de organizações de governança esportiva e também de atletas.
A alegação é que Wanderley, caso reeleito, irá para o seu terceiro mandato, o que causaria prejuízos ao movimento esportivo, como a possibilidade do COB parar de receber recursos da Lei Agnelo Piva. A legislação diz que 1,7% do valor das apostas na loteria deve ser destinado à entidade.
Para receber os recursos, a Lei Pelé e a Lei Geral do Esporte afirmam que o presidente da entidade só pode ter um mandato e uma reeleição.
Wanderley e sua assessoria jurídica rechaçam a tese e afirmam que seu primeiro mandato foi tampão. Ele era vice de Carlos Arthur Nuzman, que renunciou. Ele também vem ganhando respaldo de juristas da área, que estão divulgando artigos sobre a interpretação da lei.
As eleições do COB estão marcadas para o dia 3 de outubro. O outro candidato é Marco La Porta.
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