Maior benefício do Bolsa Atleta desvalorizou R$ 11 mil em 11 anos
De 2013 até 2024, maior faixa do Bolsa Atleta se manteve em R$ 15 mil; desvalorização no período foi de R$ 11,6 mil, segundo IBGE
atualizado
Compartilhar notícia
O maior benefício mensal do Bolsa Atleta do governo federal sofreu uma desvalorização de R$ 11,6 mil em 11 anos. O levantamento foi feito pela coluna com base em dados obtidos pela Fiquem Sabendo, organização especializada em transparência pública.
De 2013 até este ano, a maior faixa do Bolsa Atleta era de R$ 15 mil. Em julho deste ano, a categoria “pódio” foi reajustada para R$ 16,6 mil. No período total, o benefício teria de subir a R$ 28,3 mil para manter o mesmo poder de compra, considerando-se o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aferido mensalmente pelo IBGE, o IPCA é a inflação oficial do país e reflete a variação do custo de vida das famílias brasileiras.
A forte desvalorização do Bolsa Atleta também aconteceu em sua menor faixa, a categoria “atleta de base”. De 2010 a 2024, o valor seguiu o mesmo: R$ 370. Em julho deste ano, durante a Olimpíada de Paris, foi reajustado para R$ 410. Para manter o mesmo valor de compra do período total, contudo, a bolsa teria de ser elevada para R$ 834.
Procurado, o Ministério do Esporte afirmou que o reajuste de julho “pretendeu efetivar o aumento dos valores das bolsas para os atletas do programa, já em 2024, buscando garantir a responsabilidade e equilíbrio orçamentário-financeiro”.
Neste ano, atletas de alto rendimento disputaram a Olimpíada, a competição mais importante do mundo nessas modalidades. O Brasil conquistou 20 medalhas na Olimpíada, com três ouros, e foi o 20º colocado. Na Paralimpíada, o país ganhou 89 medalhas, sendo 25 ouros, e terminou em quinto lugar geral.