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Maia reforça aposta no centro em 2022, mas revê oposição que fez ao PT

Em processo de desfiliação ao DEM, ex-presidente da Câmara revela o que considera serem as provas de que foi traído por ACM Neto

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Rodrigo Maia
1 de 1 Rodrigo Maia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A mesma camisa polo preta com que volta e meia dava entrevistas da residência oficial da Presidência da Câmara poderia fazer parecer que o Rodrigo Maia de maio de 2021, que recebeu a coluna na terça-feira, 18 de maio, para uma entrevista, ainda é o mesmo político de meses atrás. Mas, quase quatro meses após a derrota acachapante de Baleia Rossi, que era seu candidato para sucedê-lo, Maia está mudado.

O luxo da residência oficial da Presidência da Câmara deu lugar a um apartamento funcional mais modesto, como os dos demais deputados federais. Naquele dia, Maia chegava de uma viagem ao Rio de Janeiro, onde passara o fim de semana fazendo articulações para sedimentar sua saída do DEM — ele pedira a desfiliação dias antes, no dia 14 de maio — e futuro ingresso no PSD.

Sem aviões da FAB à disposição, o retorno para Brasília fora também em voo de carreira. Aliás, Maia está viajando desde fevereiro assim. Massacrado pelas redes bolsonaristas, garantiu não ter sido admoestado até hoje em nenhum momento. Contou ter recebido até um pedido de selfie, do qual inicialmente desconfiou, achando que poderia ser uma cilada criada por alguém querendo fazer piada às suas custas.

Mas, se os ataques de Bolsonaro, Carluxo e cia não deixaram como herança o ódio nos salões de embarque e desembarque, o mesmo não vale para o próprio Maia. Perguntado sobre 2022, foi taxativo ao afirmar que estará do lado de quem for derrotar Bolsonaro.

Disse estar mais disposto a participar de uma costura no âmbito nacional de uma terceira via, de um candidato que não seja nem Lula nem Bolsonaro.

Maia disse ser preciso criar um fato novo para viabilizar esses aspirantes a centro na disputa, o que poderia acontecer com presidenciáveis que hoje disputam este espaço filiados num mesmo partido. E isso, em sua visão, passa obrigatoriamente por São Paulo.

“Se você excluir o Doria hoje porque ele está mal avaliado, você na verdade está excluindo o estado mais populoso da nossa articulação de unificação de centro”. Para ele, todos devem ter a chance de se fortalecer até que estejam “no mesmo partido, aceitando a mesma regra.”

Sobre o PT, mais mudança. Rodrigo Maia afirmou que seus anos como presidente da Câmara “abriram sua cabeça”, o que o levou a rever a oposição radical que fez ao partido, entre 2003 e 2016.

“Eu tinha uma rejeição ao PT clara, mas na Presidência da Câmara eu vi que aquilo ali era um equívoco, uma oposição radical que o DEM tinha”.

Maia confirmou que seguirá para o PSD, que, para ele, “representa melhor o momento político atual, com mais calma para se olhar o cenário”. E revelou o que considera serem as provas da traição que afirma ter sofrido de ACM Neto, o presidente do DEM e seu ex-amigo, que novamente se tornou seu alvo há duas semanas, com xingamentos no Instagram.

Assista à íntegra da entrevista.

 

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