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Lula se reúne hoje com Biden, em viagem estratégica para o Planalto

Viagem é parte do esforço de Lula para mostrar que Brasil voltou ao jogo diplomático mundial. Reunião com Joe Biden será na Casa Branca

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Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente Lula em evento no Palácio do Planalto
1 de 1 O presidente Lula em evento no Palácio do Planalto - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Lula se reúne nesta sexta-feira (10/2) com o presidente americano, Joe Biden, em sua primeira visita à Casa Branca desde a posse. Esta é a quinta vez que o mandatário brasileiro é recebido na sede do governo estadunidense. A viagem, até agora, não tem grandes anúncios previstos, mas há um esforço do Palácio do Planalto para que o encontro seja visto como uma demonstração de força das duas democracias, diante das recentes ameaças personificadas por Donald Trump e Jair Bolsonaro.

A viagem é estratégica para o Palácio do Planalto, por ser mais uma etapa do esforço de Lula para mostrar que o Brasil voltou ao jogo diplomático mundial. Nas palavras de um diplomata que integra a comitiva presidencial, Lula tem buscado demonstrar que o país deixou de ser um “pária”, como orgulhosamente Ernesto Araújo certa vez descreveu o país na cena global.

Um dos prováveis anúncios da viagem é a adesão dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia programa por meio do qual países contribuem financeiramente com ações de defesa da Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deve se encontrar com o enviado especial para o clima, John Kerry, no Salão Oval da Casa Branca, com Biden e Lula. O presidente americano comprometeu-se, em sua campanha, a aportar recursos na defesa da Amazônia, mas não havia clareza se isso se daria pela constituição de um novo fundo ou adesão ao já existente, que é financiado com aportes de Noruega, Alemanha e Petrobras.

O anúncio deve ser feito por meio de um comunicado conjunto dos dois presidentes, a ser divulgado após o encontro no Salão Oval.

A guerra na Ucrânia deverá ser um tema tenso no encontro. O governo americano, a exemplo do que fizeram França e Alemanha, gostaria de que o Brasil fornecesse armamentos para a Ucrânia, o que já foi negado por Lula.

Nesta terça-feira (7/2), disse Lula a jornalistas no Planalto: “Não acredito que o presidente Biden venha me convidar para participar do esforço de guerra pela Ucrânia, porque o Brasil não participará. Na última viagem do chanceler alemão [ao Brasil], ele [Olaf Scholz] queria que nós vendêssemos para a Alemanha a munição que o Brasil tem”.

O encontro de Lula e Biden acontecerá às 15h30 do horário de Washington, 17h30 no horário de Brasília. O presidente do Brasil estará acompanhado dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente) e Anielle Franco (Igualdade Racial); do ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial do presidente; e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Econômico e Comércio, Marcio Elias Rosa.

Antes do encontro com Biden, Lula conversará com o senador Bernie Sanders e com outros políticos do Partido Democrata; entre eles, a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York. O petista também terá uma reunião com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO). A coluna está em Washington para acompanhar a visita.

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metropoles.comGuilherme Amado

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