Lula foi desaconselhado por aliados a ir ao ato contra Bolsonaro
Manifestação suprapartidária reunirá diversas lideranças políticas neste sábado (2/10), na Av. Paulista, em São Paulo
atualizado
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O ex-presidente Lula ouviu de alguns dos seus aliados mais próximos que era uma má ideia ir à manifestação contra Jair Bolsonaro neste sábado (2/10), na Avenida Paulista, em São Paulo. Razões políticas e sanitárias pesaram na decisão.
A primeira preocupação dos petistas é impedir que o ato adquira um caráter eleitoral. O entendimento é de que Lula só deve confirmar presença numa manifestação que conte com outros pré-candidatos à Presidência. Embora o ato tenha a aderência de partidos da centro-direita, entre eles MDB, PSDB, DEM, PSL e Novo, o pedetista Ciro Gomes foi o único postulante ao Planalto a garantir que estará no trio elétrico.
Lula também recebeu advertências sobre a questão sanitária. Petistas envolvidos com o grupo de trabalho do partido na CPI da Pandemia disseram ao ex-presidente que ele ainda não tomou a dose de reforço da vacina contra Covid-19, e que sua presença provocaria tumultos e aglomerações em torno do trio.
O esforço é para evitar que Bolsonaro e seus aliados possam explorar imagens de descumprimento às medidas de prevenção à Covid-19 num momento crítico para a CPI. Espera-se que o relatório final da comissão seja divulgado na segunda quinzena deste mês.