“Lula está animado com Alckmin vice”, diz maior liderança do PT no RJ
Em entrevista à coluna, André Ceciliano disse que apoia Alckmin como vice de Lula em 2022 e que o ex-presidente petista “está animado”
atualizado
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Uma das lideranças petistas em cargo de mais poder atualmente no Brasil, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano, engrossa a fileira de entusiasmados com a candidatura de Geraldo Alckmin como vice-presidente na chapa liderada por Lula nas eleições de 2022. Em entrevista à coluna, Ceciliano disse que o ex-presidente também está animado com a possibilidade de compor uma chapa com Alckmin, que deixou o PSDB na semana passada, após 33 anos.
“Nós precisamos ter um vice ligado à politica, um vice que vai unir. Quando você faz uma aliança, você quer somar. Quando você faz uma aliança com alguém do mesmo campo, você não somou. A possibilidade do Alckmin ser vice é muito importante, eu acho que ele seria um vice excepcional para esse momento de unificar a política”, pontuou o presidente da Alerj.
Ceciliano é um petista que não participa das disputas internas do PT. Conversa com diferentes correntes, permite-se fazer críticas ao partido e é defensor do diálogo permanente com todas as forças políticas — não à toa tem boa relação com o governador fluminense, Cláudio Castro, apoiador de Jair Bolsonaro. Uma das críticas que faz é à postura de alguns integrantes do partido de defender os ditadores Daniel Ortega e Nicolás Maduro, presidentes da Nicarágua e da Venezuela, respectivamente.
“Fazer a defesa do Nicolau Maduro como está hoje, logicamente tem um embargo grande, tem toda uma questão internacional. Mas o do Ortega, pra mim, é um erro. O Lula foi vítima disso, está provado, o Lula foi tirado da eleição e foi preso, foi encarcerado, como Ortega fez com Constituição, então ele é vítima disso. Eu não acho que o PT tenha que fazer essa defesa desses regimes”, pontuou Ceciliano.
Os planos de Ceciliano para as eleições de 2022, após quatro anos no comando da Assembleia do Rio, ainda não estão definidos. Cogita se candidatar ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Diz sentir que sua missão como deputado estadual está concluída.
A decisão, entretanto, depende da conjuntura política do PT no Rio de Janeiro no próximo ano e será guiada pelo que ele diz ser o objetivo principal do partido no estado: montar um palanque forte para Lula.
“Nossa prioridade é a candidatura do ex-presidente Lula, então pode ser que no futuro o PT tenha que abrir mão de uma candidatura ao Senado para um aliado”, explicou Ceciliano.
O presidente da Alerj também analisou na entrevista como vê a perspectiva de cada um dos principais nomes que são pré-candidatos ao governo do estado, como o governador Cláudio Castro, que busca a reeleição; o deputado federal Marcelo Freixo, que recentemente saiu do PSol para o PSB; e o presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz. E fez conjecturas para seus possíveis adversários no Senado, Alessandro Molon (PSB) e Romário (PL).
Assista à integra da entrevista abaixo.