O livro-reportagem da escritora argentina Josefina Licitra que reconstitui a maior fuga de um presídio de mulheres da história chegará neste mês ao Brasil. Licitra conta os detalhes de como 38 jovens guerrilheiras usaram túneis para escapar de uma prisão no Uruguai no início dos anos 1970, época de escalada da repressão política.

“38 estrelas: a maior fuga de um presídio de mulheres da história” foi eleito um dos melhores livros de 2018 pelo The New York Times e pela Forbes. A obra reflete como as 38 presas políticas que fugiram da prisão militar de Cabildo, no centro de Montevidéu, foram colocadas em segundo plano pela militância de esquerda.

Conhecido como “tupamaros”, o grupo integrava o Movimento de Liberação Nacional Tupamaros planejou a fuga por vários meses. A ideia foi concretizada por meio da escavação de túneis ligados à rede de esgoto da capital uruguaia. As autoridades levaram cem dias para desvendar a fuga.

Entre as mulheres que fugiram da cadeia controlada por militares estão a política Lucía Topolansky, vice-presidente do Uruguai até 2020 e ex-primeira dama do país no governo Pepe Mujica.

O livro será lançado no Brasil no próximo dia 21. Antes, a escritora Josefina Licitra participará de dois eventos no Rio de Janeiro. No dia 17, participará de um seminário na Universidade Federal Fluminense. No dia seguinte, conversará com outras autoras na Livraria Janela, no Shopping da Gávea.