Livro conta história do fugitivo que foi um dos primeiros a denunciar Auschwitz
Livro do jornalista Jonathan Freedland conta a história de Rudolf Vrba, fugitivo de Auschwitz
atualizado
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No primeiro semestre de 1944. bem antes do fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo começou a conhecer em detalhes os horrores de Auschwitz graças a um relatório escrito por dois homens que conseguiram fugir do campo de concentração. A vida de um deles, Rudolf Vrba (acima, numa foto, anos depois em Londres), foi contada pelo jornalista e escritor Jonathan Freedland, num livro que chega este mês ao Brasil pela Intrínseca.
Em “Arte da fuga”, Freedland conta como era a vida de Vrba no campo — que na época ainda era um adolescente e se chamava Walter Rosenberg —, sua tentativa de fuga, o plano detalhado feito ao lado de Fred Wetzler e, após a fuga, todo o trabalho para difundir o relatório que faria o mundo começar a se inteirar do massacre.
Os alemães sustentavam até então que os judeus eram deportados para serem reassentados, e não para morrer em câmaras de gás. Vrba pretendia alertar os últimos judeus da Europa sobre o destino que os esperava quando embarcassem no trem.
O relatório forense detalhado que escreveram chegou ao conhecimento de Franklin Roosevelt, Winston Churchill e do papa e teve papel fundamental na pressão exercida sobre a Hungria para interromper as deportações.