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Livro “Aspirantes a fascistas” lista Bolsonaro, Trump e Maduro

Livro “Aspirantes a fascistas — um guia para entender a maior ameaça à democracia”, do historiador Federico Finchelstein, cita Bolsonaro

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Presidente Jair Bolsonaro discursa durante evento com as Forças Armadas - metrópoles
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro discursa durante evento com as Forças Armadas - metrópoles - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Jair Bolsonaro é citado, em média, uma vez a cada três páginas de “Aspirantes a fascistas — um guia para entender a maior ameaça à democracia”, novo livro do historiador argentino Federico Finchelstein, que a Vestígio acaba de lançar no Brasil. Finchelstein, porém, afirma no livro que o ex-presidente é “mais fraco e incompetente” do que os fascistas clássicos.

O fio condutor da obra, lançada na última semana no Brasil, é Donald Trump, ex-presidente americano de quem Bolsonaro é aliado e que tentará retornar à Casa Branca na eleição da próxima terça-feira (5/11).

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Jair Bolsonaro em visita a Donald Trump em março de 2020
Presidente Bolsonaro janta com Donald Trump em resort pessoal do ex-presidente americano, em Mar-a-Lago, na Flórida
Bolsonaro em pronunciamento à imprensa, ao lado de Trump, no Jardim da Casa Branca
Bolsonaro assiste a Donald Trump na TV
Jair Bolsonaro e Donald Trump em jantar oferecido pelo Republicano
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Bolsonaro e Trump em jantar nos Estados Unidos em março de 2020

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Jair Bolsonaro em visita a Donald Trump em março de 2020

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Presidente Bolsonaro janta com Donald Trump em resort pessoal do ex-presidente americano, em Mar-a-Lago, na Flórida

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Bolsonaro em pronunciamento à imprensa, ao lado de Trump, no Jardim da Casa Branca

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Bolsonaro assiste a Donald Trump na TV

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Jair Bolsonaro e Donald Trump em jantar oferecido pelo Republicano

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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o então presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma entrevista coletiva no Rose Garden da Casa Branca, em Washington (EUA)

Isac Nóbrega/PR
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O presidente Jair Bolsonaro com o mandatário norte-americano, Donald Trump

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O ex-presidente Jair Bolsonaro com o ex-mandatário norte-americano, Donald Trump

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Trump recebe Bolsonaro no Salão Oval da Casa Branca: assinatura de acordos entre Brasil e EUA

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Trump e Bolsonaro sobreviveram a atentados na vida real, mas foram mortos na ficção

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Autor de “Uma breve história das mentiras fascistas”, o professor de história da New School for Social Research, em Nova York, fez diversos paralelos entre o americano e o brasileiro, a ponto de chamar Bolsonaro de “mini-Trump”. Um deles foi a tentativa frustrada de golpe nos Estados Unidos, com a invasão do Congresso em 6 de janeiro de 2021, e no Brasil, com a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

A alcunha “mini-Trump” também foi dada a Nayib Bukele (presidente de El Salvador), Narendra Modi (primeiro-ministro da Índia) e Viktor Orbán (primeiro-ministro da Hungria). O historiador, a propósito, também descreve o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, como um ditador.

Para Federico Finchelstein, esses líderes autoritários contemporâneos são “mais fracos e mais incompetentes do que os fascistas clássicos”, sem o “compromisso ideológico e extremismo” do nazista Adolf Hitler.

“Eles conseguiram turvar, mas não apagaram totalmente a separação entre os poderes. Não conseguiram unificar o Estado e a sociedade civil. Não conseguiram destruir por completo o sistema jurídico. Em termos de violência e militarização, não se igualaram ao extremismo do fascismo clássico”, afirmou o professor.

Medidas do governo Bolsonaro e declarações do ex-presidente foram usadas pelo historiador para apontar características de “aspirante a fascista”. Sua gestão foi definida por “racismo, misoginia, posições extremas relacionadas à política de ‘lei e ordem’ e uma gestão péssima e criminosa da pandemia de covid-19”. Entrevistas em que Bolsonaro xingou repórteres e declarações acusando fraudes nas urnas sem qualquer prova também serviram de exemplo no livro.

Após apresentar dados de cerca de três décadas de pesquisa, Finchelstein fez um alerta: “Como Bolsonaro e Trump não foram imediatamente responsabilizados por sua contínua instigação de crimes contra a democracia, outras ações semelhantes acontecerão novamente”.

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