Lista tríplice para a PGR traria independência, diz Chico Alencar
Esnobada por Jair Bolsonaro e agora por Lula, lista tríplice é positiva, defende deputado
atualizado
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O deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro, subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para defender que o presidente Lula escolha um nome da lista tríplice para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A lista, organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), norteava as indicações nos governos Lula e Dilma, mas foi esnobada por Jair Bolsonaro e, agora, Lula também já indicou que não deve segui-la.
“Isso dá independência ao PGR, que deve sempre existir. Nós vemos que a gestão do Augusto Aras foi marcada por um amparo absurdo ao Governo de plantão”, disse Alencar em discurso na tarde desta terça-feira (26/9).
“Um levantamento mostra que, de 184 decisões de denúncias e iniciativas que atingiram de alguma maneira o Presidente da República e seus filhos com vida pública, o Aras engavetou 95%.”
“Nós não queremos um Procurador-Geral nem que persiga, nem que proteja ninguém. Ele tem que agir com a exação e a coragem de um antigo Procurador, como Claudio Fonteles, por exemplo”, afirmou, se referindo ao PGR do primeiro governo Lula.
Hoje, a lista tríplice virou sinônimo de corporativismo para os petistas, que buscam um PGR leal ao presidente. Lula estuda quem irá indicar para o cargo, mas não recebeu os escolhidos pela ANPR — José Adonis Callou de Araújo Sá, Luiza Frischeisen e Mario Bonsaglia — para conversar até o momento.