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Liderança indígena cobra Lewandowski: “Quero saber da sua boca”; vídeo

A cacica Maria Socorro, do povo indígena Munduruku, cobrou Lewandowski pela demarcação da terra indígena Sawre Ba’pim, no Pará

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Reprodução/YouTube Ministério da Justiça
Cacica maria socorro munduruku
1 de 1 Cacica maria socorro munduruku - Foto: Reprodução/YouTube Ministério da Justiça

A cacica do povo indígena Munduruku, Maria Socorro Saw Munduruku, cobrou, nessa quarta-feira (25/9), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, pela demarcação da terra Sawre Ba’pim, no Pará. Durante sua fala, num evento di ministério, Maria Socorro disse que o povo Munduruku “não poderia esperar mais” e que queria “saber da boca” do ministro sobre a demarcação.

No evento, Lewandowski entregou ao povo Munduruku a demarcação da terra índigena Sawré Muybu, no Pará. A cacica foi a primeira a comentar o marco e iniciou sua fala bem emocionada, mas, já para o final, cobrou duramente o ministro.

“Como está o processo de Sawre Ba’pim? Isso que nós queremos saber, porque é outra terra também nossa [sic]. E a gente quer que o senhor assine também, não pode demorar, não. Já chega de tanto esperar. Ninguém pode esperar e o senhor sabe que nós precisa [sic]. […] Eu quero que o senhor demarque também essa nossa terra, tá? Porque também pertence a nós. E eu quero saber da sua boca agora, que o senhor fale agora, eu quero que o senhor demarque também, assine aí. E não é para demorar, não, eu não tô de brincadeira, não, eu tô falando sério”, disse Maria Socorro, enquanto Lewandowski e Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, esboçavam um sorriso.

 

O ministro da Justiça não respondeu à cacica Maria Socorro de pronto, mas, em sua fala final, disse que existiam terras indígenas que ainda estavam submetidas a acordos judiciais e que por isso a demarcação não estava prevista para acontecer.

A demarcação da terra Sawré Muybu é a quarta portaria de demarcação de terras indígenas assinada pelo ministro da Justiça em menos de um mês. Em 5 de setembro, Lewandowski havia reconhecido oficialmente os territórios Maró e Cobra Grande, também no Pará, e Apiaká do Pontal e Isolados, em Mato Grosso (MT).

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