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Líder caminhoneiro prevê impacto na produção de carros na Argentina

Líder caminhoneiro, Dedeco apontou “conivência” da Polícia Rodoviária Federal com bloqueios ilegais de bolsonaristas em rodovias

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Caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco
1 de 1 Caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco - Foto: Reprodução

Líder dos caminhoneiros, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, afirmou nesta quinta-feira (3/11) que o setor automobilístico argentino será afetado em breve pelos bloqueios ilegais de rodovias feitos por bolsonaristas. Se viajasse hoje de Curitiba até a montadora Renault, em Córdoba, na Argentina, Dedeco estima que encontraria 15 pontos de bloqueio no Brasil.

“Já já vai afetar a produção de automóveis na Argentina. 70% das peças vêm do Brasil. 100% dos pneus vêm do Brasil. Todos os 180 caminhões da transportadora onde eu trabalho estão parados. Alguns iam para Córdoba, na Renault e na Nissan, outros para Buenos Aires, na Peugeot e na Citroën. Não vale a pena sair daqui para ficar parado na estrada”, afirmou Dedeco, uma das lideranças da paralisação de caminhoneiros em 2018.

Além das viagens para a Argentina, a transportadora Brenex, onde Dedeco trabalha, tampouco consegue fazer outras entregas de peças automotivas, como para a fábrica da Fiat, em Betim (MG).

“Todos os caminhões estão parados. As montadoras não vão conseguir manter a produção. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está sendo conivente, fazendo corpo mole. As torcidas organizadas conseguiram desbloquear estradas, mas a PRF não consegue”, completou o caminhoneiro.

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metropoles.comGuilherme Amado

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