Leite quer candidato do PSDB em São Paulo para se opor ao bolsonarismo
Pré-candidato do PSDB à eleição de 2026, Eduardo Leite questionou apoio de Bolsonaro a Nunes e defendeu candidatura própria em São Paulo
atualizado
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Apontado como pré-candidato do PSDB para a eleição presidencial de 2026, Eduardo Leite afirmou à coluna que o partido precisa lançar um nome próprio para disputar a Prefeitura de São Paulo no pleito marcado para outubro deste ano.
Leite disse que a eleição paulistana influenciará no cenário político nacional e que o apoio de Jair Bolsonaro deve afastar o PSDB da candidatura à reeleição de Ricardo Nunes, do MDB.
“É importante ter clareza que a eleição de São Paulo é a única [em 2024] que tem caráter mais nacional, pelo tamanho que tem a representatividade da cidade. O posicionamento do partido deve respeitar a questão local, mas precisa ter a visão nacional. Com quem estarão as forças políticas? Para qual projeto de país o Ricardo Nunes olha em 2026? Para quem a Tabata Amaral olha? Eu defendo que o PSDB tenha candidatura própria, para defender na instância local como o partido se apresentará nacionalmente em 2026”, disse.
Nunes assumiu a Prefeitura após a morte de Bruno Covas, quadro histórico do PSDB, em maio de 2021. “O governo [de Ricardo Nunes] começou com o PSDB e, naturalmente, tem o PSDB dentro dele. Isso automaticamente deve ser reproduzido em um apoio na próxima eleição? Não. É hora de discutir uma nova etapa, estamos falando dos próximos quatro anos”, declarou Leite.
Governador do Rio Grande do Sul, Leite não quis disputar a reeleição à presidência do PSDB em novembro do ano passado. O novo chefe do tucanato, Marconi Perillo, demonstrou ser favorável à candidatura de Leite na próxima eleição ao Planalto.
“Há compreensão no PSDB de que foi um erro não ter candidato à Presidência da República em 2022, o que nunca havia acontecido. Também não vamos ter candidato a prefeito de São Paulo pela primeira vez na história? Eu acho que isso seria um erro. É importante buscar a candidatura própria, mas isso envolverá a articulação com os vereadores e as lideranças locais”, afirmou o governador gaúcho.