Leite impõe condição para aceitar convite de Kassab e se filiar ao PSD
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite não quer que a decisão de trocar o PSDB pelo PSD seja vista como um ato individual
atualizado
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O governador Eduardo Leite afirmou em conversas com Gilberto Kassab que a decisão de trocar o PSDB pelo PSD não poderá ser vista como um ato individual. Leite disse que avaliará a filiação caso surja um clamor público dos políticos que o apoiaram nas prévias do PSDB, de lideranças de outros partidos e de pessoas de fora da política, como empresários e integrantes da sociedade civil.
Kassab ofereceu a filiação ao PSD para Leite substituir o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na eleição para a Presidência da República. Pacheco não tem mostrado interesse em levar a candidatura ao Planalto adiante.
Leite tem dito aos aliados que vive o melhor momento no governo do Rio Grande do Sul e que seria custoso renunciar ao cargo no ano em que conseguirá deixar um legado à frente da administração estadual.
Após as prévias, os aliados do governador o aconselharam a permanecer no PSDB e a abdicar da corrida presidencial para não passar a imagem de “mau perdedor” para a população. Essa corrente tem perdido força no entorno de Leite devido às dificuldades enfrentadas pela terceira via. O ex-juiz Sergio Moro patina na construção de alianças políticas, enquanto o tucano João Doria permanece estagnado nas pesquisas.
A ideia de ter Leite no PSD fortaleceria um projeto de médio a longo prazo para Kassab. Apesar dos esforços petistas, o ex-ministro dá sinais de que será difícil embarcar na candidatura de Lula no primeiro turno. A avaliação é de que o movimento prejudicaria a eleição de governadores e de uma bancada numerosa na Câmara. Mas, para um eventual segundo turno contra Bolsonaro, Kassab tende a abandonar a neutralidade e declarar apoio ao petista.