Bia Kicis pratica o que Comissão sob sua presidência quer criminalizar
Bia Kicis terá de pautar projeto que criminaliza o “camcording”, mas filmou trechos do documentário “Nem tudo se desfaz” no cinema
atualizado
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Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a deputada Bia Kicis gravou trechos de um filme bolsonarista dentro do cinema na última terça-feira (19/10), uma prática cuja criminalização está em análise pela comissão. Kicis gravou e compartilhou nas redes sociais cerca de 2 minutos e meio do documentário “Nem tudo se desfaz”, que conta a ascensão de Jair Bolsonaro e foi lançado em Brasília na última semana com bolsonaristas.
Na última quarta-feira (20/10), dia seguinte à estreia do filme em Brasília, quando Kicis filmou trechos da obra, a deputada tinha em sua pauta na CCJ o projeto que criminaliza o “camcording”, ou a gravação de filmes dentro de salas de cinema. A proposta, apresentada em 2019 pelo também bolsonarista Felipe Francischini, não foi analisada. Ficou para a próxima sessão, na semana que vem.
Segundo o texto, seria proibido gravar cópia, mesmo que parcial, de um filme dentro de salas de cinema. Também vetaria a reprodução ao público pela internet. Essas mudanças seriam acrescentadas ao artigo sobre direitos autorais no Código Penal.
Kicis divulgou a seus seguidores dois vídeos: em um, o documentário mostra a força de memes da direita na popularidade de Jair Bolsonaro em 2018. No outro, a própria deputada dá um depoimento sobre como Bolsonaro conheceu o ministro Paulo Guedes.
Nesta sexta-feira (22/10), a dupla convocou um pronunciamento para garantir que, a despeito de uma debandada na equipe econômica, Guedes segue ministro.