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Kassio vota para trancar investigação contra bicheiro carioca

Kassio Nunes Marques votou para trancar a investigação contra o bicheiro e sambista Rogério de Andrade

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Votação no plenário no Senado Federal da indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Brasília(DF), 21/10/2020
1 de 1 Votação no plenário no Senado Federal da indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Brasília(DF), 21/10/2020 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Kassio Nunes Marques, do STF, votou para trancar a investigação contra Rogério de Andrade, bicheiro e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Após o pedido de Nunes Marques, Edson Fachin defendeu que a prisão de Andrade seja restabelecida. Diante do entrave, Ricardo Lewandoski pediu vista e encerrou o julgamento para ter mais tempo para analisar.

Relator do caso, o ministro Nunes Marques afirmou que a denúncia do Ministério Público do Rio contra Andrade foi baseada em ilações. Segundo o ministro, a acusação parte de uma tese de que o assassinato de Roberto Iggnácio, também contraventor e genro do bicheiro Castor de Andrade, seria mais um episódio de uma antiga disputa pela exploração de jogo do bicho.

A prisão de Andrade foi decretada em março de 2021 pelo Tribunal de Justiça do Rio. O contraventor seguia foragido. Entretanto, Nunes Marques já havia concedido uma decisão liminar derrubando a prisão do bicheiro.

Na ação apresentada em agosto ao STF, a defesa de Andrade tinha alegado irregularidades no indiciamento pela polícia e pediu a suspensão da prisão. A defesa considerou a denúncia do MPRJ, que pedia a prisão do contraventor, inepta e sem justa causa.

Entenda o caso

A morte de Fernando Iggnácio marcou o fim de uma guerra entre contraventores nas últimas décadas no Rio de Janeiro. Ex-genro de Castor de Andrade, conhecido como o mais poderoso dos bicheiros do estado, Iggnácio foi atingido por vários tiros na cabeça em uma emboscada no dia 10 de novembro de 2020.

De acordo com as investigações, Rodrigo Silva das Neves e Ygor Rodrigues Santos da Cruz, conhecido como “Farofa”, os executores, já trabalharam como seguranças na Mocidade Independente de Padre Miguel e eram chefes de segurança de Rogério de Andrade.

Marcio Araújo de Souza, que está preso no Batalhão Especial Prisional no Rio de Janeiro, disse não conhecer Rogério Andrade quando foi chamado para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios do estado, em 2020. Contudo, a polícia já tinha em mãos, porém, um vídeo do circuito interno do Hospital Barra D’Or, de 2017, que mostrava Araújo fazendo a escolta do contraventor.

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