Kassio quer saber sobre tornozeleira do mais poderoso bicheiro do RJ
Rogério Andrade acionou o STF após o STJ negar pedido para revogar medidas cautelares alternativas à prisão
atualizado
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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, mandou consultar a Justiça do Rio de Janeiro sobre como tem se comportado Rogério Andrade, o mais poderoso bicheiro carioca, no cumprimento de medidas cautelares alternativas à prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Andrade foi alvo da Operação Calígula, deflagrada em maio de 2022 contra uma organização criminosa comandada por ele e seu filho Gustavo Andrade, que opera jogos de azar no Rio de Janeiro.
Usando tornozeleira há um ano e cumprindo recolhimento noturno e nos dias de folga, Rogério Andrade tem tentado na Justiça derrubar as restrições. Ele acionou o STF no início de novembro, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar o pedido em outubro. A ação no Supremo, um habeas corpus nas mãos de Nunes Marques, corre em segredo de Justiça.
“Solicitem-se informações ao Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da comarca do Rio de Janeiro, notadamente quanto ao comportamento do paciente no período a que está submetido às medidas cautelares”, despachou o ministro no início do mês.
Ao STJ, a defesa de Rogério Andrade havia argumentado que as medidas cautelares já se estendem há muito tempo, que o bicheiro não descumpriu nenhuma delas e que as investigações do Ministério Público do Rio contra ele já estão na fase final.
Outra alegação dos advogados de Andrade, sobrinho do antigo poderoso chefão do bicho carioca Castor de Andrade, foi a de que as restrições à sua liberdade estão impedindo “o bom exercício de sua ativa paternidade”. O bicheiro tem dois filhos pequenos, com os quais não tem conseguido participar de programas em finais de semana, por exemplo.