Justiça veta pecuarista de prometer salários por vitória de Bolsonaro
MPT moveu ação contra pecuarista Cyro de Toledo, que prometeu até 16º salário a funcionários em caso de vitória de Jair Bolsonaro
atualizado
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A Justiça do Trabalho ordenou que o pecuarista Cyro de Toledo, conhecido como Nelore Cyro, pare de prometer dinheiro ou ameaçar funcionários em Araguaçu (TO) para que votem em Jair Bolsonaro. A decisão, que atendeu a uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) foi assinada no último dia 22. Em agosto, Toledo apareceu em um vídeo prometendo até um 16º salário se Bolsonaro vencer a eleição.
“Tô aqui pra dizer que o Nelore Cyro, Fazenda Água Fria, se o Bolsonaro ganhar, e eu sei que vocês vestem a minha camisa, se o Bolsonaro ganhar, eu dou um 15º salário. E, se ele ganhar no primeiro turno, eu dou um 16º salário. E eu quero gente que pense igual a mim e vista a camisa da fazenda. Certo?”, disse o pecuarista a pelo menos dez subordinados no vídeo, como informou o repórter Guilherme Seto.
Em setembro, o MPT moveu uma ação contra o empresário. Para os procuradores, houve claros danos psicológicos e assédio moral eleitoral contra os funcionários.
“Os empregados foram, inclusive, submetidos a reunião filmada e posteriormente divulgada nas redes sociais, sendo expostos ao discurso político-partidário dos réus, sob ameaça, ainda que sutil, de perda de benesses e, no limite, dos próprios empregos, a depender do resultado do pleito”, disse o MPT.