Justiça extingue Operação Rizoma, que mirou fundos de pensão
Operação Rizoma investigou supostos desvios em fundo de pensão dos Correios
atualizado
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A Justiça Federal de Brasília extinguiu o processo proveniente da Operação Rizoma, que foi deflagrada em 2018. O caso investigou lavagem de dinheiro e organização criminosa após supostos desvios em fundos de pensão, sobretudo dos Correios (Postalis) e do Serviço de Processamento de Dados (Serpro).
A operação foi um desdobramento da Lava Jato do Rio de Janeiro e começou a ser julgada por Marcelo Bretas. Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a vara não tinha competência para julgar o caso e ele foi transferido para Brasília.
Em 2023, o empresário Arthur Pinheiro Machado conseguiu no STJ o trancamento da ação, apenas para ele. Em março deste ano, o TRF-1 estendeu o benefício ao lobista Milton Lyra; a Marcelo Sereno, que foi secretário de comunicação do PT; ao ex-chefe de gabinete da presidência dos Correios Adeilson Telles; entre outros.
Nessa quarta-feira (8/5), o juiz David Pardo, da 12ª Vara de Brasília, estendeu a sete réus que ainda restavam no processo o mesmo benefício que já havia sido dado a outros acusados na mesma ação.
“A extensão do mesmo entendimento jurídico em relação a todos os acusados envolvidos pelos mesmos fatos deve preponderar, haja vista os demais réus se encontrarem na mesma situação fático-jurídica de todos os acusados que, impetrando habeas corpus, tiveram trancada a ação penal contra si movida”, disse o juiz na sentença.
A ação foi trancada porque, segundo entendimento dos magistrados, a investigação se baseou apenas em depoimento do delator Alessandro Laber.