Justiça bloqueia R$ 300 mil de algoz de Bolsonaro em CPI
Luis Miranda, que foi deputado federal pelo União Brasil do DF, foi processado por investidores; na CPI da Covid, foi algoz de Bolsonaro
atualizado
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A Justiça do Distrito Federal ordenou o bloqueio de R$ 302 mil do ex-deputado Luis Miranda, do União Brasil do DF, e de uma sócia familiar por uma dívida com investidores. A decisão foi assinada na última terça-feira (4/11).
Segundo o juiz, há indícios de que Miranda não honrou os contratos firmados pela empresa LX Holding. O magistrado afirmou ainda que há “inúmeros” processos judiciais sobre o caso.
De bolsonarista leal a crítico ferrenho de Jair Bolsonaro, Miranda foi deputado federal de 2019 a 2022 pelo Distrito Federal. Tentou uma reeleição pelo Republicanos de São Paulo, sem sucesso.
Na CPI da Covid, Luis Miranda acusou Bolsonaro de prevaricação. Miranda disse que alertou Bolsonaro pessoalmente sobre as irregularidades no contrato da vacina Covaxin, durante uma reunião no Palácio da Alvorada.
Procurado, Luis Miranda afirmou que recorrerá da decisão e atacou os investidores que lhe processaram.
“Encerraram-se todas as investigações sobre esse caso contra mim. Sou vítima de um grupo que atua como uma organização criminosa. A empresa nunca foi intimada nos Estados Unidos. A intenção deles é trazer o processo para o Brasil e evitar explicar a origem do dinheiro para a Receita Federal. Querem lavar dinheiro”, afirmou o ex-deputado.