Juiz tira tornozeleira de torcedores do Flamengo que fizeram faixa contra ditadura
Mesmo com a decisão favorável, torcedores do Flamengo que estenderam faixa contra torturadores continuarão afastados do estádio até 31/12
atualizado
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O juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari, do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos da capital do Rio de Janeiro, decidiu, nesta quarta-feira (10/5), revogar o uso de tornozeleira eletrônica por torcedores do Flamengo que foram punidos por uma faixa contra torturadores da ditadura. Mesmo com a decisão favorável, estão proibidos de irem a jogos do Flamengo até 31 de dezembro.
A faixa, que dizia “morte aos torturadores”, foi levada ao Maracanã por dois torcedores na primeira partida da final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense, em 1° de abril. No dia do clássico, que coincidiu com os 59 anos do golpe militar, os torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal, acusados de tentativa de incitação à violência.
Por decisão do juiz Marcelo Nobre de Almeida, na mesma data, os dois torcedores estavam sendo monitorados por tornozeleira eletrônica e foram condenados a pagar uma multa de R$ 300, além da proibição de frequentarem jogos do Flamengo até o fim de 2023.
A Justiça decidiu, contudo, acatar a proposta do Ministério Público do Rio de Janeiro de revogação do uso da tornozeleira e a doação de duas baterias veiculares para o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios, com valor de R$ 460 cada.