John Textor é denunciado por ter sugerido manipulação no Brasileiro
John Textor alegou ter provas de que Campeonato Brasileiro foi manipulado; Procuradoria ainda quer mais provas e pode denunciá-lo novamente
atualizado
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O controlador do Botafogo, John Textor, foi denunciado nesta segunda-feira (3/9) pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa das alegações de que tinha provas de que o Campeonato Brasileiro era manipulado. A denúncia foi apresentada após o americano responder a um inquérito no tribunal, que foi concluído na gestão passada do STJD.
No ano passado, Textor afirmou que houve irregularidades em jogos do Palmeiras, São Paulo e Fortaleza, além de citar o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e o árbitro Bráulio da Silva Machado.
A Procuradoria denunciou Textor no artigo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que trata sobre atos contra a honra de terceiros. A pena para este caso varia de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de até 90 dias, no caso dele que é gestor.
O procurador-geral, Paulo Dantas, não sugeriu pena, mas lembrou o alcance financeiro do americano e que ele cometeu a infração cinco vezes. Caso a pena máxima seja aplicada em todos os casos, Textor terá que pagar R$ 500 mil e ficar suspenso 450 dias.
Textor ainda pode responder pelo artigo que fala sobre “dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração de inquérito ou processo na Justiça Desportiva”. A Procuradoria quer produzir mais provas sobre a suposta irregularidade. Neste caso, a punição é a suspensão que pode chegar a 360 dias.
No inquérito, o responsável pela investigação, o então auditor Mauro Marcelo, pediu relatórios à Fifa e à SportRadar (empresa de monitoramento de apostas), sobre eventuais movimentações atípicas nas partidas apontadas por Textor. Não houve resposta. A Procuradoria, no entanto, cobrará uma resposta formal.
Além disso, foram feitas 35 questões a John Textor, mas ele não respondeu. Por considerar que o prazo foi curto, a Procuradoria dará mais tempo para o americano responder.
O caso será sorteado para alguma comissão do STJD, que o julgará em primeira instância. Se a defesa recorrer, o processo irá ao plenário do tribunal.