A J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, rebateu o CEO da Paper Excellence, que, em conversa com a coluna, afirmou que a empresa disputada pelas duas empresas, a Eldorado Celulose, está “parada no tempo”, em virtude da demora de um desfecho da briga. A Paper venceu a J&F na arbitragem pelo controle da Eldorado.

Em comunicado enviado à coluna, a J&F afirmou que a Eldorado teve alguns de seus melhores anos durante o período do litígio.

“Depois de tentar prejudicar a Eldorado de todas as maneiras pelos últimos cinco anos, o Sr. Cláudio Cotrim ainda desrespeita o trabalho dos mais de 5 mil colaboradores da empresa. A Eldorado registrou seus melhores anos e realizou grandes investimentos durante o litígio iniciado pela Paper Excellence, mesmo sob ataques tão baixos como a entrevista concedida por Cotrim”, diz o texto.

A J&F cita entre os investimentos a inauguração de uma usina termelétrica movida por biomassa de tocos e raízes de eucalipto e madeira. e a construção, ainda em conclusão, de um terminal portuários de celulose no Porto de Santos. Só em 2022, a companhia investiu, de acordo com a J&F, mais de R$ 1 bilhão.

“Em 2022, sempre sob gestão da J&F, a Eldorado atingiu resultados recordes de receita líquida, EBITDA, lucro líquido, fluxo de caixa livre e produção, e o endividamento chegou a seu menor nível”, diz o comunicado.

A J&F segue na linha de ataque no texto.

“Todos os investimentos poderiam ter sido ainda mais expressivos se a Paper Excellence não tivesse confessadamente atuado para prejudicar captações internacionais de crédito pela Eldorado e para impedir a empresa de investir na construção da Linha 2. O mesmo Cláudio Cotrim, que hoje reclama de a Eldorado não ter construído seu projeto de expansão, declarou em entrevistas à Folha de S.Paulo e ao Estado de S. Paulo, ainda em 2019, que havia negado a proposta feita pela J&F para a construção em conjunto da nova fábrica, minando assim os planos de ampliação da empresa: ‘a expansão não vai sair até a gente assumir'”, conclui o comunicado.