JBS quer manter ex-ministros de Lula e Dilma em seu conselho
JBS propôs à assembleia da companhia, em 26 de abril, que sejam ratificadas as eleições de Kátia Abreu e Paulo Bernardo
atualizado
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No mesmo documento em que propôs a criação de duas cadeiras em seu conselho de administração, nas quais se sentarão os empresários Joesley e Wesley Batista, a JBS sugeriu à assembleia geral da companhia, em 26/4, que dois ex-ministros de governos do PT sigam no conselho.
A JBS recomendou à assembleia a ratificação das eleições de Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff, e Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento no primeiro governo Lula e ex-ministro das Comunicações de Dilma.
Kátia e Bernardo haviam sido nomeados ao conselho de administração em julho de 2023 e ocuparam vagas deixadas no colegiado após renúncias de conselheiros. Além dos nomes dos dois ex-ministros, a JBS propôs a permanência de Cledorvino Belini, ex-presidente da Fiat, nomeado na mesma ocasião. Os três são conselheiros independentes.
A proposta de aumentar de 9 para 11 o número de cadeiras no conselho, para abrigar as voltas de Joesley e Wesley, fará a família Batista, dos donos da JBS, ocupar diretamente três vagas no colegiado. O patriarca José Batista Sobrinho, pai dos empresários e fundador da companhia, também é conselheiro.
(Atualização às 19h55 do dia 27 de março de 2024: a assessoria de imprensa da JBS entrou em contato com a coluna para informar que os dois foram indicados pelo BNDES, acionista da empresa, e que referendar para a Assembleia Geral a escolha dos dois é uma “etapa burocrática”.)