Janones foi acusado na polícia de perseguir homem com faca
Presidenciável André Janones nega que o caso tenha acontecido; boletim de ocorrência policial foi registrado em Ituiutaba (MG) em 2017
atualizado
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O deputado e pré-candidato à Presidência André Janones, do Avante, foi acusado em um boletim de ocorrência policial de perseguir um homem com uma faca no ano de 2017, em Ituiutaba (MG), cidade natal do presidenciável. O documento foi registrado na Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) por um casal que disse ter fugido de Janones. O parlamentar negou que o caso tenha acontecido.
O boletim pelo suposto crime de ameaça foi registrado na noite de 31 de agosto de 2017 pelo empresário Rodrigo Rezende, que alegou ser a vítima. Sua mulher, a advogada Pauliana Rezende, constou como testemunha. Segundo depoimento aos policiais, Rodrigo estava em um bar em Ituiutaba quando Janones se aproximou com uma faca. Até então advogado, Janones se elegeria deputado federal no ano seguinte.
Ainda de acordo com o boletim, Janones afirmou, apontando a faca para Rodrigo Rezende: “Vamos ver se você é homem agora”. Rodrigo disse à PM que nesse momento deixou o local em seu carro. Em seguida, contou que foi perseguido por Janones, em outro veículo, por cerca de três quilômetros, no caminho para uma delegacia. Rodrigo mencionou a placa, a cor e a marca do automóvel de Janones.
Ao fim do depoimento, o empresário cogitou que Janones havia agido daquele modo porque fora desligado de uma associação de advogados em Belo Horizonte. A polícia registrou no documento que acionou uma viatura para tentar encontrar Janones, sem sucesso.
Segundo uma pessoa com acesso ao caso, o casal decidiu não fazer outra representação à Polícia Civil. Assim, a investigação foi arquivada.
Procurado, o presidenciável André Janones negou que o episódio tenha acontecido. Janones afirmou que “desconhece por completo o episódio, que nunca foi informado de qualquer boletim de ocorrência que tenha sido lavrado contra ele e que jamais respondeu a qualquer acusação pelo crime de ameaça”.
Procurados, Rodrigo Rezende e Pauliana Rezende, que registraram o boletim de ocorrência, não comentaram o caso.