Instituto de ex-atleta olímpica terá que indenizar jogadora de vôlei
Atleta contratada pelo Instituto Tandara Caixeta não recebeu salário e teve contrato rompido
atualizado
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O Instituto Tandara Caixeta foi condenado a indenizar a jogadora de vôlei Gabriella Dutra, após dar um calote na atleta. Ela foi contratada para defender a instituição, que usou o nome fantasia de Campinas Vôlei Feminino, mas não recebeu todos os salários e teve o contrato rompido.
O instituto é comandado por Cleber de Oliveira, marido de Tandara, que está suspensa do esporte até 2025. Durante as olimpíadas de Tóquio, em 2021, ela foi obrigada a deixar a delegação brasileira após um exame antidoping ter dado positivo.
Gabi Dutra acionou a Justiça do Trabalho contra o instituto e cobrou vínculo empregatício, os salários atrasados, verbas rescisórias e outros direitos trabalhistas. Ela disse que foi contratada para atuar entre julho de 2023 e abril de 2024, mas foi dispensada em outubro do ano passado.
Segundo a juíza Bruna Stravinski, da 8ª Vara de Trabalho de Campinas, o Instituto alegou ter contratado Gabi Dutra como “atleta autônoma”, mas não conseguiu comprovar. A juíza disse ainda que o contrato desmente a versão da instituição e que a atleta tinha carga de trabalho determinada e obrigação de exclusividade.
A magistrada determinou o pagamento de mais de R$ 50 mil, incluindo danos morais.
O Campinas Vôlei Feminino, que nasceu com a promessa de ascender à elite do vôlei em poucos anos, encerrou as suas atividades em poucos meses. Outras jogadoras não receberam os seus vencimentos.