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Diretor do Ministério da Saúde tem post tarjado como fake news

Major da reserva, Angelo Denicoli foi nomeado por Eduardo Pazuello

atualizado

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Ângelo Denicoli e Jair Bolsonaro
1 de 1 Ângelo Denicoli e Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

O major Angelo Martins Denicoli, diretor do Ministério da Saúde nomeado por Eduardo Pazuello, teve uma publicação marcada como fake news pelo Instagram.

O post, publicado no último dia 8, atribuía falsamente ao jornal chileno El Mercurio uma charge em que Jair Bolsonaro, de arma em punho, impediria a entrada do comunismo no Brasil, retratado como a morte.

Com traços grosseiros, a ilustração não foi publicada pelo jornal, conforme checagem da Agência Lupa, que constatou que se tratava de uma montagem em um desenho sobre futebol. A imagem viralizou em agosto do ano passado, quando PSG e Bayern de Munique disputaram a final da Liga dos Campeões da Europa.

Resultado?
“Informação falsa”, tarjou o Instagram, que também ocultou a publicação de Denicoli.

Angelo Denicoli
Ângelo Denicoli, diretor do Ministério da Saúde, teve post marcado como falso no Instagram

Major da reserva do Exército, Denicoli é diretor de Monitoramento e Avaliação do SUS. Ligada à Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde, a principal da pasta, a diretoria é responsável por fortalecer a fiscalização do sistema público de saúde, com estudos e pesquisas.

Denicoli ganhou o cargo de confiança nos primeiros dias de Eduardo Pazuello como interino no ministério, em maio do ano passado, ao lado de 12 outros militares sem formação médica, em meio à pandemia.

Nos últimos dias, o governo Bolsonaro vem preparando um decreto para limitar a retirada de posts e perfis das redes sociais. Hoje, as plataformas podem excluir conteúdos que violam suas regras, o que é fundamental para diminuir o impacto da desinformação.

A tentativa do governo é considerada inconstitucional por especialistas.

“O decreto é flagrantemente inconstitucional. Ele cria direitos e impõe deveres que ultrapassam a lei federal que pretende regulamentar. Não há nada no Marco Civil da Internet que proíba provedores de moderar conteúdo e que subordine essa atividade ao pronunciamento judicial”, escreveu Carlos Affonso Souza, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, em artigo na Folha de S. Paulo na última quinta-feira.

“As plataformas serão obrigadas a esperar uma decisão judicial para remover o conteúdo, fazendo com que vídeos, fotos e textos potencialmente ilícitos, danosos e inflamatórios continuem a circular”, seguiu Souza.

Twitter, Facebook e Instagram já marcaram posts de Jair Bolsonaro sobre a pandemia como falsos.

No mês passado, foi a vez de Eduardo Bolsonaro ter uma publicação apontada pelo Twitter como “enganosa”, por desinformar contra a Covid.

Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu.

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metropoles.comGuilherme Amado

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