Inquérito sobres ataques de Bolsonaro às urnas terá dados de doadores a sites de fake news
Inquérito tramita no TSE
atualizado
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O inquérito aberto no começo do mês no Tribunal Superior Eleitoral para apurar o abuso de poder político e econômico de Jair Bolsonaro no ataque à confiança nas eleições terá em breve em mãos dados que podem fazer subir ainda mais a irritação do Planalto com o Judiciário: os dados sobre as doações a sites de fake news.
O corregedor do TSE, Luis Felipe Salomão, receberá as relações dos doadores para sites que espalharam desinformação contra as urnas, que será enviada pelas plataformas de financiamento coletivo, pelos quais muitos desses sites se sustentam. A suspeita é que será possível identificar o caminho do dinheiro público ou de empresários aliados do governo até essas publicações.
O inquérito é fruto de um procedimento aberto para que autoridades públicas do país pudessem apresentar provas que comprovassem ocorrências de fraude no sistema eletrônico votação nas eleições de 2018, em particular nas urnas eletrônicas. Esse procedimento foi convertido em inquérito, ampliando a apuração para a possível prática de abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda antecipada, em relação aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições de 2022. Se condenado, Bolsonaro estará inelegível.