Indicado ao STF será relator de investigação que envolve Alcolumbre
Alcolumbre tem apuração da PGR sobre rachadinha em seu gabinete tramitando no Supremo Tribunal Federal
atualizado
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O indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no lugar de Rosa Weber deve ser relator da denúncia de rachadinha no gabinete de Davi Alcolumbre, senador que tem feito pressão contra a Corte nas últimas semanas.
A apuração da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a devolução de salários no gabinete de Davi Alcolumbre estava sob relatoria de Luís Roberto Barroso. Quando ele assumiu a Presidência, na semana passada, o processo foi redistribuído para a ministra Rosa Weber.
Como Weber se aposentou no mesmo dia, a relatoria agora será do indicado por Lula para a vaga, a menos que o novo ministro se declare impedido.
Alcolumbre é presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), onde, nesta quarta-feira (4/10), votou em 42 segundos uma PEC restringindo os poderes individuais de ministros do Supremo. É na CCJ que o futuro indicado ao STF deverá ser sabatinado.
Alcolumbre tem demorado para marcar a sabatina dos indicados por Lula ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), manobra para pressionar o governo nas indicações do futuro procurador-geral da República e do ministro do Supremo, dois cargos com influência direta no processo sobre a rachadinha.
Em outubro de 2021, seis assessoras lotadas no gabinete de Alcolumbre contaram, em entrevista ao jornalista Hugo Marques, que eram funcionárias fantasma e devolviam seus salários através de saques em dinheiro, ou seja, praticavam a chamada rachadinha. Com base nisso, por ordem de Barroso, a PGR abriu a apuração, mantida em sigilo até hoje.