Igreja católica se une a evangélicos para barrar jogos de azar
Confederação Nacional dos Bispos do Brasil solta nota contra o projeto, que deve ser votado já em fevereiro na Câmara dos Deputados
atualizado
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A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se posicionou contra a legalização de jogos de azar. Um projeto liberando a atividade deve ser votado ainda neste mês na Câmara dos Deputados.
Até o momento, a principal resistência é da bancada evangélica, que tem tentado impedir o presidente Arthur Lira de seguir em frente com a legalização do jogo.
Com o posicionamento da CNBB, católicos se unem aos evangélicos para tentar barrar o projeto. “O jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares”, disse, em nota, a CNBB.
“A CNBB conclama o Congresso Nacional a rejeitar este projeto e qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. O voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais”, continua o texto.
A legalização do jogo é um dos temas prioritários para Lira para 2022 na Câmara dos Deputados. Para conseguir leva-lo adiante, Lira fez acordo com parte da bancada evangélica, o que aprofundou o racha no grupo.
O acordo previa que em troca da aprovação do projeto, a Câmara analisaria também a isenção de IPTU para igrejas.