A visita de Jair Bolsonaro na quarta-feira (12/10) ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), teve uma imagem majoritariamente negativa nas redes, apontou o relatório Quaest bit by bit. Tiveram cunho negativo 44% dos comentários, ante de 37% neutros e 19% de positivos a Bolsonaro.

O levantamento da Quaest analisou 211 mil menções sobre o episódio, na quarta-feira (12/10) e até ao meio-dia desta quinta-feira (13/10). No termômetro das redes sociais, a versão mais consolidada foi que Bolsonaro, candidato à reeleição, fez uso político da religião e desrespeitou a fé dos católicos.

O comportamento de apoiadores de Bolsonaro colaborou para essa impressão: bolsonaristas fizeram tumulto no templo, vaiaram o arcebispo Dom Orlando Brandes e atacaram jornalistas que trabalhavam no evento.

No sermão da missa, o arcebispo afirmou que o Brasil precisa derrotar vários “dragões”. “O dragão do ódio, que faz tanto mal, o dragão da mentira, a mentira não é de Deus”, citou, destacando também o “dragão da fome”. O padre Camilo Júnior, que conduziu a celebração, precisou pedir silêncio aos bolsonaristas que, durante a cerimônia religiosa, chamaram o presidente de “mito”, aos gritos.