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Humberto Costa se tornou mais um enrosco para a relação entre PT e PSB

PT anunciou pré-candidatura de Humberto Costa ao governo de Pernambuco para ampliar poder de negociação, o que enfureceu o presidente do PSB

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Ricardo Stuckert
Da esquerda para a direita, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Humberto Costa
1 de 1 Da esquerda para a direita, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Humberto Costa - Foto: Ricardo Stuckert

A direção do PSB não engoliu o anúncio de que o senador Humberto Costa será o pré-candidato do PT ao governo de Pernambuco. A decisão, divulgada em 19 de dezembro e chancelada por Lula, tem como objetivo ampliar o poder de negociação dos petistas no estado que é considerado a joia da coroa para o PSB.

As imposições que o PSB fez para transformar Geraldo Alckmin no vice de Lula levaram o PT a se armar nos estados-chave para os socialistas. Lula entende que a pré-candidatura de Humberto Costa envia o sinal de que o PT precisa ser ouvido nas costuras estaduais e não aceitará de olhos fechados as condições apresentadas pelo PSB.

O movimento enfureceu o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que lida com uma situação desconfortável em Pernambuco. O governador Paulo Câmara tem dito a interlocutores que terá dificuldades para transferir capital político a um sucessor. Já o ex-prefeito do Recife Geraldo Júlio, que era o favorito para concorrer ao governo, afirmou em entrevistas que não quer ser candidato.

O cenário em Pernambuco é semelhante à situação que o PT criou no Espírito Santo. O PSB cobra que os petistas fiquem neutros na disputa estadual, o que beneficiaria a reeleição de Renato Casagrande. Lula, no entanto, filiou Fabiano Contarato para fazer sombra aos planos dos socialistas. O senador adquiriu bom capital político com as participações na CPI da Pandemia.

A estratégia de embate com o PSB é contestada por alguns petistas que participam da estruturação do partido para as eleições nacionais, mas ninguém ousa confrontar a autoridade de Lula no PT.

Por enquanto, os partidos estão sem reuniões programadas para discutir as alianças políticas. Carlos Siqueira tirou férias até o dia 15 e só retomará as conversas após esse período. Lula também está de férias e descansa no litoral de São Paulo, segundo aliados.

Além da negociação para Alckmin se tornar vice de Lula, os partidos articulam a formação de uma federação. Se a parceria for confirmada, PT e PSB terão de caminhar juntos até a eleição de 2026.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

Michael Melo/Metrópoles
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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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