Heleno e Ramagem não explicam à Comissão de Inteligência frase de advogada de Flávio
Luciana Pires afirma que relatórios de inteligência enviados a Flavio Bolsonaro para subsidiar defesa dele foram feitos pela Abin
atualizado
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Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foram inquiridos na terça-feira (10/08) sobre os relatórios de inteligência que, segundo a advogada de Flávio Bolsonaro, Luciana Pires, foram enviados ao senador para subsidiar a defesa dele no caso Queiroz. Pires afirma que os documentos foram feitos pela Abin. Heleno e Ramagem voltaram a negar participação da Abin no caso, mas não explicaram por que Pires fez a afirmação.
A Comissão de Inteligência do Congresso é composta por senadores e deputados e é encarregada de fiscalizar as ações de inteligência.
Heleno e Ramagem repetiram a explicação que costumam dar para dizer que a Abin nada teve a ver com o episódio: de que os documentos, revelados pela coluna, não seguiam os padrões da agência e que uma auditoria feita por eles apontou que eles não foram produzidos em computadores da Abin.
As duas afirmações, entretanto, não provam que Ramagem não teve a ver com a produção do documento, conforme disse Luciana Pires. O chefe da Abin ou alguém sob seu comando pode ter produzido os relatórios em qualquer computador ou celular que não da agência.
Conforme a coluna mostrou, os documentos foram enviados ao celular de Flávio por meio do WhatsApp.