GSI recua e diz que apura atuação de funcionários no 8 de janeiro
Agora, ministro do GSI diz ter aberto investigação interna em 26 de janeiro, ou seja, só 18 dias após atos terroristas no Planalto
atualizado
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) recuou e afirmou, na segunda-feira (13/2), ter aberto sindicância para apurar a atuação de seus servidores no 8 de janeiro, quando o Planalto foi invadido e depredado. Segundo o ministro do GSI, general Gonçalves Dias, a investigação interna foi aberta no último dia 26, ou seja, só 18 dias após os atos terroristas.
Na semana passada, o GSI afirmou, em resposta a um pedido da coluna por meio da Lei de Acesso à Informação, não ter aberto qualquer sindicância contra seus funcionários. Antes disso, o ministério havia se recusado a responder aos questionamentos, alegando riscos à atividade de inteligência.
Agora, em uma terceira instância, o órgão disse ter aberto duas investigações internas sobre o 8 de janeiro: uma em 16 de janeiro, para apurar danos materiais sofridos pelo GSI na invasão; e outra em 26 de janeiro, com vistas a apurar a atuação de funcionários do ministério.
No mês passado, a coluna mostrou que integrantes do GSI queriam deixar os golpistas que saquearam o Planalto saírem pelo térreo do prédio. Os radicais só foram presos por ordem da Polícia Militar, que chegou a ser confrontada por um coronel do Exército. Um assessor que presenciou a invasão do palácio afirmou, em entrevista, que os militares do GSI não reprimiram os terroristas. O relato é corroborado por vídeos do 8 de janeiro.