Governo tem dificuldade para pagar benefícios a caminhoneiro e taxista
Ministérios foram cobrados a regulamentar temas com urgência, mas apresentaram resistência; em pré-campanha, governo gastará R$ 41 bilhões
atualizado
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O governo Bolsonaro enfrenta dificuldades internas para começar a pagar benefícios a caminhoneiros e taxistas. O impasse acontece oito dias depois de o Planalto obter o aval do Congresso para gastar R$ 41,25 bilhões. Como faltam 73 dias para a eleição e Jair Bolsonaro está atrás nas pesquisas, o governo tem pressa.
Inicialmente, a meta era começar os pagamentos no próximo dia 9. Os repasses a caminhoneiros e taxistas, contudo, não têm regulamentação alguma. Não é possível saber quantos profissionais há no país, e nem quais os critérios para identificá-los sem dar margem para fraudes.
Pelo menos dois ministérios foram cobrados para regulamentar com urgência os dois temas: o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Ministério da Infraestrutura. Nessas duas pastas, houve resistência em definir essas regras a toque de caixa, como quer o Planalto.
Com os pagamentos a caminhoneiros, um dos alvos da campanha de Bolsonaro, o governo estima desembolsar R$ 5,4 bilhões. Para bancar os taxistas, o gasto público será de R$ 2 bilhões.
Destaque da proposta de R$ 41,25 bilhões que abriu exceções no teto de gastos, na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei Eleitoral, a elevação do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 será mais simples de ser executada. Nesse caso, já há um banco de dados de beneficiários atualizado e os pagamentos são executados há meses pela Caixa Econômica Federal.