Governo nega pensões a 71% dos internados à força com hanseníase
Pensão é concedida a pacientes que foram internados e isolados compulsoriamente em hospitais-colônia
atualizado
Compartilhar notícia
O governo rejeitou 71% dos pedidos de pensão especial apresentados nos últimos cinco anos por pacientes com hanseníase que foram internados compulsoriamente nos antigos hospitais-colônia ou “leprosários”, como eram conhecidas as instituições para onde eram levadas pessoas portadoras da doença.
Dos 316 pedidos do tipo analisados pelo governo de 2016 até o ano passado, 223 foram negados e 191 foram aprovados.
Em 2021, até agora, apenas 5 dos 25 pedidos foram acatados.
Os dados são do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, passados à coluna por meio da Lei de Acesso à Informação.
A pensão é prevista numa lei de 2007, que determina a concessão do benefício àqueles que comprovarem que foram isolados ou internados compulsoriamente nos hospitais até 1986.