Governo Lula avalia que intervenção no RJ geraria desgaste de imagem
A avaliação é que já existe um prejuízo de imagem para o governo Lula com a cooperação do Ministério da Justiça na crise de segurança do RJ
atualizado
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O Palácio do Planalto acredita que uma intervenção federal no Rio de Janeiro desgastaria a imagem do governo Lula. A avaliação é que já existe um prejuízo de imagem para o governo com a cooperação do Ministério da Justiça na crise de segurança do estado.
No Planalto, há quem também reprove a cooperação com o governo do Rio de Janeiro devido à “falta de credibilidade” de Cláudio Castro. Não pegou bem a postura submissa do governador para a Assembleia Legislativa. Castro mudou a Lei Orgânica da Polícia Civil para alocar o delegado Marcus Amim, nome indicado por deputados de sua base.
Nesta semana, um ataque coordenado de uma organização criminosa chefiada pelo miliciano Zinho incendiou 35 ônibus e um trem na cidade do Rio de Janeiro em represália à morte do miliciano Matheus Rezende pela Polícia Civil.
Há três semanas, o Ministério da Justiça anunciou uma cooperação com o governo fluminense, com a atuação da Força Nacional no Complexo da Maré e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias federais. A crise na segurança do Rio de Janeiro, entretanto, só agravou e mudou de foco após os ataques coordenados da milícia de Zinho na última segunda-feira (23/10).
O foco, agora, é o Gabinete Institucional de Combate à Lavagem de Dinheiro, medida anunciada nesta terça-feira (24/10) pelo secretário-executivo de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. A Polícia Federal e a Secretaria Nacional de Segurança Pública irão trabalhar com a Polícia Civil e a Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro para “asfixiar financeiramente” grupos criminosos, especialmente a milícia.