Governo do RJ questionou uso de câmeras dias antes de polícia matar garoto
O prazo estabelecido pelo STF para implementação das câmeras corporais no Rio era 4 de julho
atualizado
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Quatro dias antes da morte do menino Thiago Menezes, de 13 anos, no Rio de Janeiro, a Procuradoria-Geral do Estado questionou o Supremo Tribunal Federal, mais uma vez, sobre o uso das câmeras corporais por policiais de batalhões especiais e pediu, novamente, prorrogação no prazo para a implementação do equipamento. O garoto foi morto na última segunda-feira (8/8).
O prazo estabelecido pelo STF para implementação das câmeras corporais no Rio era 4 de julho, 30 dias depois de uma decisão do ministro relator da ação, Edson Fachin, que determinou a implementação do equipamento em todos os batalhões da Polícia do Rio de Janeiro e o compartilhamento das imagens com órgãos públicos.
A insistência do governo do Rio de Janeiro em não colocar o equipamento nos uniformes de policiais de batalhões especiais e o pedido de prorrogação do prazo de instalação vai ser questionada no STF pelas entidades que compõem a parte acusadora.
Cláudio Castro, que desde o início vem se opondo às decisões do STF sobre a instalação de câmeras corporais em policiais de batalhões especiais, ouviu um sermão de Lula na última quinta-feira (9/8), sobre a atuação da polícia no estado. O presidente disse que agentes das forças de segurança do Rio não podem confundir “pobres” com “bandidos”, e atirar em uma criança que já estava caída.
Neste sábado (12/8), mais uma criança foi morta pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos, foi baleada no peito por uma bala perdida enquanto brincava dentro de casa.