Governo da Bahia encomenda estudo próprio sobre mortes violentas
Rui Costa, antecessor do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, contestou levantamento que apontou o estado como líder de mortes violentas
atualizado
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O governo da Bahia encomendou um estudo próprio sobre o número de mortes violentas intencionais registradas no estado em 2022. Em agosto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, contestou o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que apontou o estado como líder de mortes violentas no ano passado. Costa governou a Bahia por oito anos.
O estado registrou 6.659 vítimas no último ano da gestão de Costa, segundo o anuário divulgado pelo Fórum em julho. No dia 14 de agosto, em entrevista à GloboNews, Costa declarou que o Fórum não tinha parâmetros para fazer o levantamento de mortes violentas.
O governador Jerônimo Rodrigues, que sucedeu Costa na Bahia, afirmou à coluna que respeita os institutos que pesquisam a segurança pública no país, mas afirmou que pretende estabelecer um número oficial para compará-lo com os índices de outros estados.
“Compreendo que as críticas [à segurança pública na Bahia] são justas. Respeito muito as análises dos institutos que fazem essas pesquisas, mas eu pedi para fazer estudos sobre a quantidade de mortes que aconteceram nesse período. Quantas estão registradas efetivamente e quais são os números guardados? Qual é o número de mortes que não tiveram causas determinadas? Faremos o comparativo com os outros estados para ver como está a proporção, mas reconheço que temos que trabalhar muito”, afirmou Rodrigues.
A Bahia é governada há 16 anos pelo PT e passa por uma crise de segurança pública que preocupa o governo federal. O índice elaborado pelo Fórum compila homicídios dolosos, lesões corporais que terminaram em morte, latrocínios, mortes de policiais e os assassinatos cometidos por eles. Ainda segundo o Fórum, doze das 50 cidades mais violentas do país ficam na Bahia.